UM FINAL DE SEMANA LEGAL

Sexta-feira, 16:00, mais uma semana que ia se acabando, graças a Deus, era a primeira da fila. Na porta do meu carro, chegou um senhor, falando muito baixo perguntou quanto custaria uma corrida até uma praia próxima, Balneário Pinhal, consultei a tabela das distâncias e dei o preço, ele achou um pouco caro e perguntou se não poderia fazer um desconto, como a coisa ta difícil hoje em dia, resolvi fazer um abatimento para não perder a corrida. Nos acertamos no preço, então fomos até a casa dele buscar a família e as bagagens. Como é baixa temporada, o movimento na estrada é pouco, com sorte, antes das 20:00 estaria de volta. Durante a viagem a conversa foi muito boa, descobrimos, eu e a esposa dele, Dona Marlene, que tínhamos alguns amigos em comum, não faltou assunto. Seu Pacheco é uma pessoa muito bondosa. Sua filha Jane, tem mais ou menos a minha idade, nos achamos nas conversas, namorados, baladas, melhores lugares para se freqüentar, enfim, altos papos. Estávamos chegando em Pinhal, quando seu Pacheco me fez um convite: “já que vamos passar esse final de semana aqui, porque não fica conosco até domingo?” Eu relutei, estava morrendo de vergonha, mas eles insistiram tanto que acabei aceitando. Mas havia um problema: roupas, -Isso não é problema me disse Jane, tenho bastante coisa em meu armário, se tu não te importa, pode usar. Tudo certo então. Fiz coisas que há muitos anos não fazia, jogar cartas e general até madrugada, catar conchinhas na beira da praia, caminhar de pés descalços na areia, respirar um pouco de ar puro, coisa muito difícil hoje em dia.Foi um final de semana muito agradável e divertido, consegui recarregar as baterias e ainda ganhei amigos e clientes, pois agora sempre que precisam andar de táxi, quem leva sou eu, e ainda tenho um quarto reservado na casa da praia para quando quiser passar outro final de semana legal.